sábado, 24 de novembro de 2018

Confiança no consumo


Confiança do consumidor é a maior desde janeiro de 2014, diz CNI
Publicado em 23/11/2018 - 11:10
Por Da Agência Brasil Brasília





O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) aumentou 2,7% no último mês e alcançou 113,6 pontos em novembro, o maior valor desde janeiro de 2014. Foi a quinta alta consecutiva do indicador, que está 5,8 pontos acima da média histórica, que é 107,8 pontos. Os dados são da pesquisa divulgada hoje (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O INEC deste mês é 12,5% maior do que o registrado em novembro do ano passado. Para a CNI, essa melhora da confiança é fundamental para o crescimento econômico, já que consumidores mais confiantes têm mais disposição para comprar, gerando aumento da demanda, da produção, do emprego e dos investimentos.

De acordo com a confederação, o aumento do INEC é resultado, especialmente, da melhora das perspectivas dos brasileiros sobre a inflação e o emprego. O indicador de expectativas para a inflação subiu 8,6% o de desemprego aumentou 6,5% em relação a outubro. Quanto maior o indicador, maior é o número de pessoas que espera a queda da inflação e do desemprego nos próximos seis meses. Na comparação com novembro do ano passado, o indicador de expectativas de inflação subiu 25% e o de desemprego cresceu 19,1%.

O indicador de expectativa de renda aumentou 3,3% em relação a outubro e registra um crescimento de 17,9% frente a novembro do ano passado, mostrando que os brasileiros esperam o aumento da renda pessoal nos próximos meses. Além disso, o indicador de endividamento subiu 1,1% frente a outubro e está 15,8% maior do que o do mesmo mês de 2017, o que mostra que os brasileiros estão menos endividados.

Finanças pessoais
Segundo a pesquisa, entretanto, os consumidores ainda mostram insegurança em relação à situação financeira. O indicador de situação financeira ficou praticamente estável neste mês na comparação com outubro e, embora esteja 16,6% acima do registrado em novembro do ano passado, continua abaixo de sua média histórica, de 103,2 pontos.

O único componente que está abaixo do nível registrado em novembro de 2017 é o de compras de bens de maior valor, como móveis e eletrodomésticos. Na comparação com outubro o indicador caiu 0,5% e está 3,8% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, confirmado que os brasileiros estão mais cautelosos com as compras desse tipo de bem.

Por outro lado, para a CNI, o aumento da confiança do consumidor cria as bases para a recuperação do consumo e a expectativa é que as compras de Natal deste ano sejam melhores do que as do ano passado.

Esta edição do INEC, feita em parceria com o Ibope Inteligência, ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 8 e 12 de novembro. A pesquisa completa está disponível na página da CNI.
Edição: Valéria Aguiar

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A confiança desconhecida


Moody’s diz que presidente eleito deve criar mais confiança no mercado
Agência de risco vê falta de clareza e Congresso fragmentado
Publicado em 29/10/2018 - 16:34
Por Marli Moreira - Repórter da Agência Brasil São Paulo






A agência de classificação de risco Moody’s Investors Service avaliou que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve criar mais confiança entre os investidores e reduzir a volatilidade cambial, mas advertiu que “um Congresso fragmentado ainda representa um risco para as reformas”.

De acordo com o relatório da Moody’s, falta maior clareza quanto à definição de como será a condução da gestão pública e da economia. Também associa essa indefinição aos desafios a serem enfrentados no próximo ano em relação ao gasto fiscal, reforma da Previdência e o apoio político no Congresso.

“Apesar de Bolsonaro não ter articulado integralmente a sua agenda para a política econômica, os investidores têm a percepção de que ele provavelmente buscará políticas pró-mercado, beneficiando vários setores da economia”, afirma a vice-presidente da Moody´s, Samar Maziad.


A economista adverte que a capacidade de uma coalização em torno das reformas ainda não foi testada. Em sua análise, o novo governo terá dificuldades para um acordo nesse sentido. “A capacidade de sustentar o momento político favorável e o apoio do Congresso ainda precisam ser comprovados”.

O comunicado destaca ainda a previsão de recuperação econômica moderada, de melhora no mercado de trabalho e de redução nos custos do crédito. “À medida que a economia do Brasil se recupera, uma queda nas taxas de desemprego levará a uma maior disponibilidade de renda”.


Entre os agentes econômicos, especialistas avaliam que há otimismo com o futuro mandato de Jair Bolsonaro.

Saiba mais
Edição: Davi Oliveira



sábado, 6 de outubro de 2018

Liquidação


Banco Central decreta liquidação extrajudicial da corretora Walpires
Publicado em 05/10/2018 - 12:14
Por Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil Brasília





O Banco Central (BC) decretou a liquidação extrajudicial da Walpires Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários. A corretora, em operação desde 1963, foi liquidada por “grave situação patrimonial e de liquidez”. O BC cita também “graves violações às normas legais que disciplinam a atividade da instituição, bem como a existência de prejuízos que sujeitam a risco anormal os seus credores”.

No site da corretora, há um aviso sobre o encerramento das atividades da empresa. De acordo com esse aviso, os clientes da Walpires em transações de câmbio, custódia de valores, fundos administrados e outros serviços “deverão aguardar orientações quanto aos procedimentos a serem adotados relativamente a seus interesses, o que será notificado por intermédio do site https://www.walpires.com.br/ ”.

A determinação do regime especial (intervenção e liquidação extrajudicial) ocorre quando a fiscalização do BC verifica algum tipo de problema na instituição financeira, como ausência de liquidez (recursos disponíveis), desvio de dinheiro, descumprimentos de normas ou não pagamento de obrigações.

Antes da liquidação extrajudicial, o BC faz intervenção para tentar resolver os problemas da instituição. Quando isso não é possível, é decretada a liquidação. O BC elabora, internamente, um inquérito para apurar as causas da quebra das instituições financeiras. O inquérito é enviado ao Ministério Público, que promove ações de responsabilidade contra os gestores.

Edição: Fernando Fraga